domingo, 28 de dezembro de 2008

Tratamento medicamentoso da Calvície



Como cirurgião plástico sempre sou indagado sobre a Fórmula Mágica para crescer os cabelos. De fato nada é mágico. Primeiro, deve-se tentar tratar a causa se houver, como caspa por exemplo. Caso não tenha causa definida, possivelmente deve se tratar de uma causa genética: Alopécia Androgênca (AA). Esta pode ser masculina (AAM) ou feminina (AAF). Nestes casos, o melhor é retardar a queda. Entre as medicações para retardar a queda, posso citar três principais:





Alfaestradiol
Finasterida
Minoxidil 2 e 5%






ALFAESTRADIOL: O alfaestradiol é um potente inibidor da 5 alfa-redutase - a enzima responsável pela conversão da testosterona no hormônio diidrotestosterona (DHT) na pele humana. Este hormônio contribui para a redução da fase de crescimento e para o afinamento do cabelo. Bloqueando a ação da 5 alfa-redutase, o alfaestradiol acelera a atividade proliferativa das células capilares.
Com base em experiências da literatura e nas altas concentrações e doses necessárias para que qualquer atividade hormonal seja detectada, o alfaestradiol não pode ser considerado um hormônio. O alfaestradiol desacelera a mudança da fase ANÁGENA para a fase CATÁGENA.
O alfaestradiol é apresentado em loção capilar. A aplicação é diária, preferencialmente à noite. Deve ser aplicado até que o local atingido esteja úmido, fazendo-se então no local leve massagem com os dedos. Os resultados são esperados a partir do 3º mês de uso do produto. Estudos mostram que o alfaestradiol não possui efeitos hormonais ou cardiovasculares. Não existem estudos sobre sua toxicidade na reprodução humana.


FINASTERIDA: Trata a alopecia androgenética leve a moderada em homens com idades entre 18 e 41 anos. É um inibidor específico da 5 alfa-redutase. Para o tratamento de alopecia androgenética, é administrada em uma dose diária de 1 mg por via oral. Foi demonstrado que a finasterida rapidamente baixa os níveis de DHT sérico e do couro cabeludo em mais de 60%. Ela não tem nenhuma afinidade pelo receptor de androgênio e, portanto, não interfere na ação da testosterona, não tendo efeitos androgênicos, estrogênicos, progestacionais ou outros efeitos de esteróides.
A finasterida não é aprovada para uso em mulheres. É contra-indicada para mulheres durante a gravidez, porque pode causar anormalidades na genitália externa do feto, caso este seja do sexo masculino. Deve ser utilizada com cautela em homens com disfunção hepática. Em homens mais velhos não tem eficácia comprovada. A droga provocou disfunção sexual (disfunção erétil, diminuição da libido e diminuição do volume ejaculatório) em cerca de 2% dos pacientes.


MINOXIDIL: Foi o primeiro produto a ser aprovado para o tratamento de alopecia androgenética. É aplicado via tópica sobre o couro cabeludo, em dose 1 ml, duas vezes ao dia.Desenvolvido como uma droga para tratar hipertensão, seu mecanismo de ação no ciclo capilar não é bem entendido.
É um vasodilatador. Trata alopecia androgenética leve ou moderada em homens e mulheres. Aplicação: 1ml, tópica, duas vezes ao dia, de soluções 2% e 5%; a solução de 5% pode proporcionar um efeito mais amplo e mais rápido, porém só pode ser usada em homens.
Ineficaz na região temporal. Ineficaz em alguns pacientes e com resposta limitada em outros. O uso deve ser regular e contínuo para a manutenção da eficácia.
Efeitos Colaterais de baixa freqüência e menor importância: irritação local (ressecamento, descamação, prurido, vermelhidão); dermatite alérgica ou fotoalérgica de contato; hipertricose (principalmente em mulheres).Inexistência de efeito cardiovascular.




Dr. Armando Cunha

Cirurgião Plastico

http://www.armandocunha.com.br/

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

História da Origem da Cirurgia Plástica



A história da Cirurgia Plástica remonta a tempos remotos.


O primeiro relato que se tem notícia é um papiro do egito antigo, o papiro de Edwin Smith (aprox. 2500 a.C.). Há nele referências a tratamentos de fraturas mandibulares, nasais, cranianas, entre outros procedimentos cirúrgicos. A cirurgia plástica propriamente dita possivelmente se originou na índia, no segundo milênio antes de Cristo. As tribos na época praticavam punições pesadas aos seus integrantes, as mulheres, por exemplo, tinham seus narizes amputados em caso de adultério. Como na época era permitidas dissecções anatômicas, abriu-se muito campo para os experimentos e a cirurgia plástica se desenvolveu.


Cirurgiões indianos tentavam reconstruir a ponta do nariz das vítimas, utilizando um retalho da face interna do braço e também pontas de orelhas. Esta cirurgia foi descrita no livro de Sushruta e, é o primeiro registro de uma cirurgia plástica. Sashruta é uma compilação de diversos conhecimentos médicos adquiridos empiricamente, ou seja, que foram passados de geração em geração ao longos dos tempos. Ele possui os fundamentos básicos da cirurgia na índia da época - entre 200 e 100 A.C. O escritor, Sashruta, fez um relato completo, um verdadeiro estudo da medicina da época. Só para para se ter uma idéia, em seu texto, são descritos 121 instrumentos cirúrgicos, sendo 101 tipos de instrumentos auxiliares (yantras) e 20 variedades de instrumentos cortantes. Apresenta também 300 procedimentos cirúrgicos, tais como obstruções do intestino, remoção de pedra na bexiga e catarata, assim como e técnicas de incisões, cauterização, extração de dentes. Sugere o uso de vinho na diminuição da dor durante operações. Classifica em detalhes seis tipos de deslocamentos ósseos e doze variedades de fraturas, assim como os princípios de tratamento. No mesmo livro também é proposto um dos primeiros códigos de ética para professores e estudantes de medicina.


Na antiga Roma também eram feitas pequenas cirurgias para reparar pontas de orelhas. Já na Grécia, no quinto século A.C., eram proibidas as dissecções anatômicas, havia o famosos desejo de respeitar os corpos após a morte. O que não fez com que estudos deixassem de serem feitos. Estudavam-se os animais.


Na Grécia Antiga, Hipócrates (século V a.C.) deixou descrições de inúmeros procedimentos relativos à Cirurgia Plástica como enfaixamentos, cuidados com a estética de curativos, e até mesmo preocupou-se com a calvície. Por muito tempo a história da cirurgia plástica ficou estagnada. Por diversos motivos, principalmente religiosos. Apesar das experiências feitas as escuras, as coisas só mudaram quando o Papa Sixto V autorizou as dissecções anatômicas em meados do século XVI. Um novo impulso foi dado com o trabalho de Gaspare Tagliacozzi publicado em 1597 descrevendo reconstruções nasais, auriculares e labiais com transplante pediculado de membro superior, conhecido como retalho italiano. O uso de armas de fogo aumentava cada vez mais e o uso da cirurgia se fazia cada vez mais necessário.


Foi a partir da I Grande Guera que a Cirurgia Plástica oficializa-se como especialidade médica. O que servia de auxílio para os mutilados de guerra. Desde então, técnica reconstrutivas foram criadas e aperfeiçoadas. O conhecimento da anatomia reconstrutica foi aplicado assim para as correções congênitas e estética, alcaçando assim a atual cirurgia plástica.



Dr. Armando Cunha

Cirurgião Plástico








Adaptação:neuronioshiperativos.blogspot.com

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

DOENÇA DO CONTORCIONISTA (SÍNDROME DE EHLERS-DANLOS) - ORIENTAÇÕES


Resolvi escrever este tópico após a visita de uma paciente de 6 anos e sua mãe. O objetivo da consulta era a correção da orelha de abano. Fiquei espantado pois era nítido e perceptível que se tratava de um caso da Síndrome de Ehlers-Danlos. Entretanto, a mãe nunca teve contato com este diagnóstico e ficou assustada ao saber que sua filinha possuía uma doença. O mais surpreendente é que a paciente já havia sido submetida à cirurgia cardio-vascular dois anos antes e apresentava sindactilia. Acho importante saber reconhecer tal alteração para a orientação dos pais e dos pacientes, pois algumas complicações podem ser evitadas durante a vida.

A Síndrome de Ehlers-Danlos (SED) foi descrita inicialmente por Edward Ehlers, em 1901, e Henri Alexandre Danlos, em 1908, quando demonstraram os possíveis fenótipos para esse grupo de desordens.

A Síndrome de Ehlers-Danlos ocorre por defeitos genéticos da síntese e estrutura do tecido conjuntivo e colágeno. Acredita-se que existam vários padrões de transmissão genética e diferentes apresentações clínicas e subtipos. Afeta igualmente todas as raças e ambos os sexos. Apesar de a doença estar presente ao nascimento, seus sintomas, quando percebidos, são identificados em idades mais avançadas.

Clinicamente, apresenta hiperextensibilidade e fragilidade cutâneas, ferimentos fáceis e cicatrização deficiente, além de hipermobilidade articular localizada ou generalizada. São indispensáveis Identificação e diagnóstico precoce para minimizar complicações, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. A pele pode apresentar um aspecto mais fino, o que torna os vasos superficiais mais visíveis. A pele é hiperextensível e possui fragilidade cutânea, geralmente evidenciada devido à facilidade com que ocorrem lacerações e rupturas diversas aos mínimos traumatismos, o que ocasiona cicatrizes anômalas, visto que o processo de cicatrização está comprometido, variando desde cicatrizes atróficas ou hipertróficas até queloides e hiperpigmentação da pele.
A hipermobilidade articular é a mais notável. Frouxidão ligamentar, presente predominantemente em pequenas articulações, particularmente em mãos, faz com que os portadores dessa síndrome sejam muitas vezes rotulados como “homem-borracha” ou “mulher-elástica”, figuras tipicamente circenses. Em virtude dessa frouxidão, tais ‘personagens’ podem apresentar artralgias, artrites, subluxações ou mesmo luxações. Apesar de esse ser o estigma articular mais importante, outros aspectos, nem sempre universais, são encontrados, como hipotonia muscular (algumas vezes cursando com hérnias recorrentes), dificuldade de deambulação (dificuldade para andar) (suspeitada por quedas freqüentes), cifoescoliose, hálux valgo (joanetes), pé plano e genu recurvatum (hiperextensão dos joelhos).

O tratamento da Síndrome de Ehlers-Danlos é basicamente preventivo. Por este motivo o seu reconhecimento é tão importante. A prevenção deve ser feita evitando-se as complicações. Prevenir acidentes e lesões é melhor do que remediar as cicatrizações que podem demorar muito mais tempo do que o normal e repetidas luxações que trazem ainda mais prejuízos para articulações. Exercícios com grande impacto sobre as articulações ou mesmo que possam causar lesões cutâneas são contra-indicados. Avaliação cardiológica é indicada rotineiramente. Exercícios para fortalecimentos musculares e tendíneos devem ser incentivados, até mesmo com o acompanhamento de fisioterapeuta, uma vez que gerarão uma maior estabilidade das articulações. Há benefício teórico da suplementação de vitamina C para esses pacientes, já que essa participa da síntese do colágeno, mas não há resultado comprovado cientificamente até o momento, e nem mesmo um consenso em relação a dosagem terapêutica. Apesar disso, estudos clínicos sugerem que altas doses de tal vitamina (1-4g diárias) por um período de um ano melhoraram o tempo de sangramento, a cicatrização e promoveram um aumento de força muscular. Outro ponto de relevância é o aconselhamento genético, devendo o médico prover informações detalhadas da doença e possíveis padrões de transmissão e implicações clínicas.

A Cirurgia Plástica não é contra-indicada nos portadores da Síndrome de Ehlers-Danlos. Entretanto, deve-se ser discutido com o paciente sobre as dificuldades de cicatrização possíveis. No caso da cirurgia de orelha de abano há a possibilidade de recorrência do abano devido à fragilidade da cartilagem.

Acredito que mesmo sendo uma síndrome rara, devemos cuidar de fazer seu diagnóstico precocemente e evitar complicações que influenciem a qualidade de vida dos portadores. É comum ver adolescentes com esta síndrome que se tornam exibicionistas utilizando seu potencial contorcionista e abusando de suas articulações. Lembre-se o tratamento é basicamente preventivo!

Quem tiver interesse em saber mais sobre a Síndrome de Ehlers-Danlos pode consultar:
Dr. Armando Cunha
Cirurgião Plástico

domingo, 7 de dezembro de 2008

Anabolizantes e Ginecomastia

O termo ginecomastia é usado para descrever um crescimento glandular da mama masculina. É uma alteração benigna, que, no entanto pode trazer conseqüências psicológicas, sobretudo na auto-estima e no contato social (vergonha de usar determinadas roupas, tirar camisa, etc). É uma alteração comum na adolescência sendo que 40% dos casos acontecem entre os 14 e 15 anos1. Há uma tendência a aumento dessa incidência com o passar de idade podendo chegar a 60% nos homens na 7ª década de vida 1.



A Ginecomastia pode ter várias causas entre estas o uso de medicações anabolizantes. Dados recentes mostram que o uso de anabolizantes está crescendo entre os jovens pertencentes a diferentes classes sociais no Brasil 2 e o consumidor preferencial está entre 18 e 34 anos de idade e do sexo masculino segundo dados do CEBRID (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas).

Seja qual for a causa, a ginecomastia ocorre mais comumente por um desequilíbrio hormonal. O aumento circulante do hormônio feminino estradiol e/ou diminuição dos hormônios masculinos testosterona/dht pode levar à ginecomastia. A fórmula significa que existe uma proporção e um equilíbrio entre os hormônios envolvidos. No caso de usuários de anabolizantes essa proporção poderá se alterar consideravelmente.


Os anabolizantes, quando são utilizados sem motivos médicos, tem a finalidade de promover o maior rendimento na atividade física, ganho de massa muscular na procura de um suposto corpo ideal. Porém, é comum a procura desses jovens no consultório de cirurgia plástica com a seqüela da ginecomastia após o uso indiscriminado de anabolizantes. Estudos demonstram que a ginecomastia ocorre em 52% dos usuários de anabolizantes 3.

O tratamento da ginecomastia é preferencialmente cirúrgico. A cirurgia plástica realizada é dependente do grau da ginecomastia. O que diferencia os graus é o excesso de glândula, gordura e pele . A classificação é assim definida:




· Grau 1: pequeno aumento da mama, visível, sem redundância de pele.
· Grau 2A: aumento moderado da mama, sem pele redundante.
· Grau 2B: aumento moderado da mama, com pele redundante.
· Grau 3: grande aumento da mama, com abundante redundância de pele (pendular).



O tratamento atualmente é feito com auxílio de lipoaspiração. Entretanto, é necessário realizar pequena incisão próxima à aréola para retira o excesso de glândula mamária.




Ocorre uma dificuldade maior quando há excesso de pele na mama masculina. Isto obriga o cirurgião plástico a realizar uma incisão completa na aréola ou eventualmente até mesmo uma incisão em T invertido nos casos de ginecomastia grau 3, pois o raciocínio cirúrgico é semelhante ao de uma mama feminina (figura).






A ginecomastia é a complicação mais freqüente no uso de anabolizantes. O grau da ginecomastia é diretamente proporcional à freqüência e continuidade de seu uso. Quanto maior o grau da ginecomastia, mais agressivo será o tipo de cirurgia plástica necessária para seu tratamento. Assim sendo, é ideal que o homem que perceba o crescimento de suas mamas faça a interrupção dos anabolizantes. Manter o uso de anabolizantes pode agravar o grau da ginecomastia acarretando um tratamento mais agressivo e com mais cicatrizes.

Dr. Armando Cunha -Cirurgião Plástico

Referências:
1. Bland K.I., Copeland, E.M., 2004, “The Breast: comprehensive management of Benign and Malignant disorders, Chap6, Gynecomastia”, Bland/Saunders.
2. Iriart, J.A.B.; Andrade, T.M. Musculação, uso de esteróides anabolizantes e percepção de risco entre jovens fisiculturistas de um bairro popular de Salvador, Bahia, Brasil. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.18, n.5, 1379-87, 2002.
3. Luis, D.A.; Aller, R.; Cuéllar, L.A. et al. Anabolizantes esteroideos y ginecomastia. Ann Med Interna. Madrid, v.18, n.9, p.489-91, 2001.
CEBRID. Disponível em: http://www.saude.inf.br/cebrid.htm Acesso em: out. 2006.

sábado, 8 de novembro de 2008

Quem deve fazer uma Cirurgia Plástica?


Acredito que maior do que a Arte da Cirurgia Plástica seja a Arte de Escolher o paciente para uma determinada cirurgia.


"O bom cirurgião plástico escolhe seus pacientes": isto é o que acredito. Portanto, se o paciente quer saber se seu cirurgião plástico é de confiança, observe este detalhe. A melhor forma de escolher um cirurgião plástico é ser excolhido e selecionado.


Este conceito vai contra a visão da maioria dos paciente e de muitos cirurgiões plásticos. Este conceito ("o paciente ser escolhido pelo cirurgião plástico") não é absorvido pela idéia mercantilista de pretação de serviço, onde o que importa são os custos $$$$!.



Desta forma, exponho aqui um pouco de minha experiência nesta ARTE DE ESCOLHER:



Nesses anos de consultório tenho visto que os pacientes não sabem responder a uma simples questão que faço no início da consulta: "O que te incomoda para vir me procurar como cirurgião plástico?"

Em geral, as respostas são estas:


  • "Vim para fazer uma Lipo!"

  • "Vim para colocar prótese!"

  • "Eu quero fazer Botox!!!"

Estas respostas não respondem a minha pergunta: "O que te incomoda?" . As respostas certas deveriam ser:


  • "Estou incomodada com um "peneuzinho" no abdomen";

  • "Estou incomodada com minhas mamas que são pequenas";

e assim por diante...


Este tipo de resposta demonstra que a paciente não tem a noção que muitas vezes o seu problema não tem solução ou será muito mais complicado de resolvê-lo do que ela pensa. Tento entender o por quê deste comportamento.


Acredito que a mídia realizada sobre a estética e a cirurgia plástica façam com que os pacientes achem tudo simples. Tudo é possível no Mundo de Hollywood. Isto faz com que as pacientes exijam o impossível e utilizem verbos como o "querer".


Não é incomum algumas pacientes dizerem: "Eu quero que meu abdomen fique tanquinho". Só que esta paciente tem excesso de peso, fuma, não faz atividade física, etc. Nem sempre o QUERER é possível. O verbo QUERER deveria ser abolido da cirurgia plástica. A(o) paciente ideal é aquela(e) que pergunta se é possivel tentar chegar a um resultado próximo ao que deseja.


Infelizmente as pessoas são diferente, têm história de vida diferente, genética diferente, etc. É por isso que o cirurgião plástico tem de ser minucioso em conhecer seu paciente, saber se em alergias, se teve filhos, se fuma, etc. O cirurgião plástico tem que examinar o paciente e tentar chegar ao consenso se o desejo daquele paciente é possível.



Após conversar muito e ser realizado o exame detalhado do paciente, o cirurgião dá o seu veredito:

"Vamos utilizar tal técnica, alcançar um resultado provável assim e temos a possibilidade de tais complicações".


Portanto, a pessoa que enteder esta frase (o tipo de cirugia, o resultado provável e suas limitações) esta habilitada a fazer uma cirurgia plástica. É lógico que se deve conversar muito sobre esta frase. Muitas vezes, para entender a cirurgia são necessárias várias consultas e muita paciência.


Deve-se pesar o custo e o benefício da cirurgia. Após isto tudo, você estará pronta(o) para uma cirurgia plástica.



Dr. Armando Cunha


http://www.armandocunha.com.br/